terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os pelos crescem

Quando eu era menor, só queria saber de relógios digitais, tênis com velcro e modernos, sandálias do "Seninha", música do Gorillaz, jogos com temáticas simples como Crash, Street Fighter e tudo mais.
De coisas práticas e não muito elaboradas. Gostava até de "fazer a barba" quando crescia um fiapo ou outro.
Agora, quero relógios analógicos, tênis baixos e básicos, músicas como Frank Sinatra, Alexisonfire e Mv Bill. Jogos de lógica e raciocínio, e detesto tirar a barba do rosto.

Quer dizer o que houve? Mas se na minha certidão ainda está escrito Luiz Eduardo Guilherme do V., porque sinto que sou outra pessoa? O que mudou? Porque mudou?
Eu não quis assim, nem gosto mais de desenhos animados, o que antes era a minha paixão. Eu não queria crescer, os mais conservadores falam: "mas é preciso, é natural". Mas eu ainda me sinto criança, não quero crescer, não quero fazer cálculos grandes de matemática, não quero discutir política, não quero falar sobre sexo como falamos sobre futebol. Quero ter tempo de brincar de lego e jogar videogame.
Quero minha inocência de volta.

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